23 de janeiro de 2016

RESENHA | Grau 26: A Origem — Anthony E. Zuiker com Duane Swierczynski

Título: Grau 26: A Origem (Steve Dark #1)
Título Original: Level 26: Dark Origins
Autores: Anthony E. Zuiker com Duane Swierczynski
Editora: Record
Páginas: 434
Lançamento: 2009
Onde comprar: Buscapé

Sinopse:

Grau 26: A Origem, apresenta Steve Dark, um perito criminal no rastro de um assassino tão terrível que não se encaixa em nenhum dos 25 graus de psicopatia conhecidos, obrigando a lei a criar uma nova classificação de crueldade para encaixá-lo. Grau 26 pode ser lido em qualquer lugar sem acesso digital... mas onde a história tradicional termina, um nível mais profundo de imersão começa, exclusivamente para os leitores em www.grau26.com.br. Você terá a opção de se conectar a uma ciberponte: uma cena de cerca de três minutos, com atores de filmes famosos e séries de TV premiadas. Diante de seus olhos, os personagens ganharão vida e detalhes da cena do crime vão explodir na tela. Uma evolução extrema de CSI.

Grau 26 não é apenas um livro, é uma experiência. Leia, assista e conecte-se.

BookTrailer:
Opinião:

Serial Killer: quando leio ou ouço essas palavras, ou sinônimos dela, já fico atento, não sei dizer o porquê, é algo natural, esses psicopatas de mente fria me despertam a curiosidade. Além de conhecer seus feitos, gosto de tentar entende-los, de mergulhar em suas mentes perversas, insanas e ao mesmo tempo inocentes. Nesse livro conheci um dos serial killers mais intrigantes e instigantes já vistos no cenário da ficção, “Seu nome é Sqweegel. Seus alvos: Qualquer um. Seus métodos: Ilimitados. Sua classificação: Grau 26”.

Tom Riggins, veterano da polícia norte-americana, está incumbido pela Divisão de Casos Especiais a capturar Sqweegel custe o que custar. Para isso, ele recruta a elite dos detetives dos EUA e, juntamente com outros países, oferece 25 milhões de dólares mais aposentadoria imediata àquele que conseguir pôr as mãos no assassino, ou melhor, captura-lo ou até mesmo mata-lo. Ninguém aceita, temendo ser o próximo nome na lista de homicídios de Sqweegel. O que resta a eles é tentar ressuscitar o único homem que chegou perto de pegar o assassino dois anos antes, e que teve toda sua família morta por ele, o ex-agente do FBI, Steve Dark.
“Ele era um predador de seres humanos, diferente de todos os demais. Tão mortífero quanto uma faca enterrada no crânio, porém invisível como um fantasma.
Havia somente um homem remotamente qualificado para aquele caso. O único que havia encarado Sqweegel e conseguido escapar vivo.” — Pág. 48
Riggins tem 48 horas para encontrar Dark, mostrar um vídeo mandado pelo próprio Sqweegel e
convence-lo a voltar, ou a unidade especial Artes Negras dará um fim nele. Começa então a corrida contra o tempo!

Se querem saber um pouco sobre a perversidade de Sqweegel, o próprio agente Riggins nos fala nesse trecho:
“Vocês acabaram de conhecer a obra de Sqweegel. É um psicopata que matou a tiros, estuprou, feriu, envenenou, queimou, estrangulou e torturou mais de cinquenta pessoas em um período de mais de vinte anos. [...] Sqweegel é um assassino muito paciente. Deixa transcorrer bastante tempo entre uma vítima e outra e passa horas intermináveis na preparação. Só vemos os resultados depois que ele age. Em alguns casos o trabalho preliminar dura vários meses.” — Pág. 36
O que me conquistou no livro, além do próprio assassino, dos agentes e da trama que se revolvia como um estômago em fúria, foi a riqueza de detalhes e a aparente veracidade dos fatos, a narrativa em terceira pessoa foi escrita mostrando diferentes ângulos, desde cenas dos detetives em ação, até as de Swqeegel se preparando para atacar, vestindo sua roupa de látex branco em todo o corpo como se vestisse uma camisinha em seu membro enrijecido. Os autores narraram os métodos e os pensamentos do assassino, narraram casos antigos e trouxeram fatos reais à tona para embasar a ficção.
Mark David Chapman, o homem que matou John Lennon, estava apenas no grau 7 — basicamente um narcisista assassino. Ed Gein, que matava, cozinhava e comia suas vítimas, e em seguida usava as peles para fazer abajures, alcançou o grau 13. Ted Bundy foi classificado no grau 17, enquanto Gary Heidnik e John Wayne Gacy atingiram o topo, no 22. Esse foi o máximo em termos de crueldade que chegou ao conhecimento do público.” — Pág. 40
O autor Anthony E. Zuiker é criador e produtor-executivo da série de TV CSI: Crime Scene Investigation, o que justifica essa riqueza e qualidade de detalhes, visto que tem experiência na área criminal e forense. O colaborador Duane Swierczynski, é autor de inúmeros livros, dentre eles romances policiais, livros de não-ficção e comics como X-Man e Deadpool, da Marvel, ou seja, ele tem o domínio da escrita e foi fundamental no desenvolvimento do texto. Essa mistura de talentos originou a trilogia Grau 26 que é composta pelos livros: Grau 26: A Origem, A Profecia Dark e As Revelações de Dark, todos lançados no Brasil pela Editora Record. Grau 26 é conhecido como o primeiro romance digital interativo do mundo, que misturam a literatura, o cinema e a internet.
“Abaixo do nível do pavimento térreo, o ar tinha um odor não apenas de morte, mas também de muitas mortes em disputa entre si. Era um doce perfume de sofrimento, com notas aromáticas pacientemente colecionadas ao longo das últimas quatro décadas. Nenhum outro lugar no mundo tinha aquele odor; isso não era possível em lugar algum. Inebriava instantaneamente.” — Págs. 30 e 31
Eu gostei muito dessa interação, de poder ver algumas cenas adicionais que não são descritas no livro ou mesmo ver acontecer o que havia acabado de ler, além de conhecer os personagens e ver o caminhar de Sqweegel (só quem leu entende) em alguns dos vídeos (19 ao todo, já que o primeiro vídeo, que seria a cena de um assassinato, foi excluído do YouTube e, infelizmente, não pode ser visto). Para quem quiser se aprofundar ainda mais, o quarto episódio da 11ª Temporada de CSI é dedicada ao Sqweegel.

Grau 26 é eletrizante, chega a descarregar boas doses de adrenalina no corpo, e nos deixa angustiados pensando qual será o próximo passo do assassino Sqweegel e do agente Steve Dark. Para quem gosta de livros com detetives, assassinos, mortes e suspense psicológico, esse livro é uma verdadeira enciclopédia de perversidade. O livro certamente leva
Estou ansioso para ler os outros dois livros da trilogia Grau 26 (aceito de presente!). Deixe aí nos comentários sua opinião acerca dos perversos serial killers, e se puder, me indique mais livros, ou mesmo filmes e séries em que eles estão presentes.

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