5 de dezembro de 2015

RESENHAS | A Mulher de Preto — Susan Hill + A Mulher de Preto 2: Anjo da Morte — Martyn Waites

Título: A Mulher de Preto 
Título Original: The Woman in Black 
Autor: Susan Hill
Editora: Record
Páginas: 208
Lançamento: 2012
Onde comprar: Buscapé

Sinopse:

Susan Hill sabe como poucos tirar proveito do que espreita nos recantos da imaginação humana. Captura de forma magistral a atmosfera das histórias de fantasmas. E mesmo quando não escreve histórias assombradas, cria tramas perturbadoras. Fenômeno na Inglaterra, chega agora ao Brasil com um de seus mais intrigantes romances: A mulher de preto. Um estudo sobre a maldade que ganhou as telas de cinema com Daniel Radcliffe, o eterno Harry Potter, no elenco.

Nesta trama de enregelar o sangue, situada entre o sinistro e o enigmático, o jovem advogado Arthur Kipps é chamado para acompanhar o funeral de Alice Drablow, a única moradora da Casa do Brejo da Enguia. Orgulhosa e solitária, a construção ergue-se dos inóspitos pântanos da Passagem das Nove Vidas. Um monumento à dor e à tristeza, envolta em mistério e segredos, evitada pelos moradores do vilarejo local. E isolada por marés, que apenas reafirmam seu caráter atemporal.

No enterro, Kipps sente um desconforto inexplicável ao vislumbrar uma jovem vestida de preto. Um sentimento que cresce com a relutância dos moradores locais em falar sobre a mulher. O advogado descarta tais temores e se mantém firme no propósito de se hospedar na casa e colocar em ordem a papelada da mais importante cliente de sua firma. No entanto, passar a noite numa casa envolta em névoa e a quilômetros de qualquer outra pessoa, pode ter um efeito inesperado num homem solitário.

Sons e eventos inexplicáveis suscitam o medo e a curiosidade de Arthur, que, impetuoso, decide ir a fundo na história dos estranhos eventos que rondam aquele lugar.

Porém, em sua incauta busca pela verdade, o jovem pode acabar descobrindo que existem no mundo certas coisas com as quais é melhor não se meter.

Título Original: Woman in Black: Angel of Death
Autor: Martyn Waites
Editora: Record
Páginas: 304
Lançamento: 2015
Onde comprar: Buscapé

Sinopse:

Sequência do clássico livro de horror que deu origem ao filme.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha é devastada por bombas alemãs. Enquanto os desafortunados encontram seu fim em meio a escombros e explosões em uma Londres arruinada, os sobreviventes buscam proteção nas estações de metrô e as crianças são enviadas para a zona rural para fugir do horror da Blitz.

A professora Eve Parkins é responsável por um desses grupos de crianças que segue para o campo. O destino: a Casa do Brejo da Enguia. A nova residência, localizada em um pântano e sempre encoberta por uma espessa bruma, agora está reformada e pronta para servir de escola e abrigo. Porém, existe algo na casa que deixa a jovem professora inquieta. Um mofo preto que parece se esgueirar pelas paredes, pesadelos angustiantes e um ruído aterrador vindo do porão à noite.

Edward, uma das crianças do grupo, tem um passado trágico. Após testemunhar a morte da mãe em um ataque aéreo, ele se retrai completamente. Sempre afastado, busca consolo em um fantoche que encontra na casa. No entanto, longe de ser apenas um brinquedo, o boneco parece servir de instrumento para o menino conversar com alguém.

Logo os novos residentes da Casa do Brejo da Enguia percebem que há mais uma pessoa entre eles. E ela parece ter planos para os visitantes.

Opinião:

No último fim de semana não publicamos nenhuma resenha, mas foi por uma boa razão, eu havia lido o primeiro livro de A Mulher de Preto e estava lendo o segundo, então quis esperar para publicar uma resenha dupla dos livros. Afinal nenhum dos dois é lá grande coisa.

Falando um pouco de A Mulher de Preto da autora Susan Hill: sinceramente foi um dos 5 piores livros que já li na minha vida!

No primeiro capítulo já fica bem claro que é uma tradição da família de Arthur Kipps contar historias de terror na véspera de Natal, e esse livro a meu ver não passa de uma simples historinha de terror contada no Natal para assustar pobres crianças. Nada mais!

O texto é fraco e nada assustador, muita enrolação, pouca coisa nos surpreende e não há aquela atmosfera que faz com que ficamos presos ao texto. Já havia assistido ao filme, que também achei um fracasso total, mas pensei "já que é uma adaptação, o livro certamente será melhor, mais completo ou até mesmo bem mais elaborado do que o filme." Mas não foi assim, e por mais que tenha dormido assistindo o filme, prefiro recomendá-lo do que indicar o livro a vocês.
“Jennet Humfrye perdeu seu bebê... 
No domingo morto, na segunda achado o corpo...
Quem será o próximo a morrer? Deve ser você!”
Já o livro A Mulher de Preto 2: Anjo da Morte é bem melhor. Contrariando a escrita arrastada de Susan Hill, o autor Martyn Waites tem uma escrita muita mais dinâmica, o texto flui bem. Ela também colocou um número maior de personagens, o que enriqueceu a narrativa e não ficou monótono como no primeiro livro que acompanha apenas o jovem advogado Arthur Kipps em sua jornada "assustadora". Ele também acrescentou mais cenas de suspense e criou uma atmosfera mais sombria a lenda.
“Dentro do bunker, uma das lâmpadas do teto explodiu. As crianças gritaram e se abraçaram. O que sobrou da lâmpada começou a bruxulear e a soltar fagulhas.
O bunker estava quase na escuridão total. Nas paredes, nos cantos e nas fendas, as sombras cresciam.”
Os dois livros já foram adaptados e estrearam nos cinemas. Mas como me decepcionei com o primeiro filme, nem quis assistir o segundo. Quem sabe um dia eu resolva dar uma chance pra ele. haha

Por mais que não tenha gostado muito do primeiro livro, recomendo muito a leitura do segundo, que pode ser lido normalmente sem que se tenha lido o primeiro, já que foi criada uma nova história ao redor da lenda e outros personagens figuraram no texto. As únicas coisas semelhantes nos dois livros são a casa margeada pelo pântano e a Mulher de Preto! 

Peço desculpas por não ter falado tanto nessa resenha, mas é que as vezes quando nos decepcionamos com alguma coisa, fica difícil dizer. E se fosse falar da história ia acabar revelando mais do que o necessário e o pouco de interessante de cada um dos livros acabaria, pois as sinopses já dizem o que precisam saber sobre cada um. Se você já leu um dos livros, deixe um comentário aqui em baixo dizendo o que achou, se viu os filmes comente também, vai ser legal saber a opinião de vocês!

O primeiro livro recebe:

E o segundo:

6 comentários:

  1. Prefiro o segundo filme do que o primeiro. Tem mais cenas sombrias, se não me engano.
    Quanto aos livros, ainda não li, mas tenho curiosidade. Depois de ler a opinião de vocês, não estou tão empolgado... Porém, sou bookaholic para ver o que achei.
    Abraços

    Blog do Ben Oliveira

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    1. depois do seu comentário vou dar uma chance para o segundo filme.
      Abraços

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  2. Bom esse não e um dos meu tipos de leitura preferidos... Mais gostei da sua analise critica você soube destacar os pontos positivos e negativos da história. Abraços!!!
    www.batomnacapa.blogspot.com.br

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  3. Boa resenha :)

    Mas eu sou de opinião completamente contrária. A Mulher de Preto de Susan Hill é um clássico moderno de histórias de fantasmas principalmente por evocar este tão sombrio ambiente do horror gótico vitoriano. Essa tradição de narrar as estórias partindo do principio da oralidade ou relatos escritos remonta ao início do século XVII e muitos autores acompanham este tipo de narrativa mais realista como Horace Walpole, Sheridan Le Fannu, Bram Stoker, Robert Louis Stevenson, E.T.A Hoffman... Tem-se que levar em conta a pressão da Igreja Católica na época em demonizar qualquer estória que incluísse espiritos e manifestações sobrenaturais, por isso o horror era tão velado, sussurrado e cada grama de tensão apreciada. Hoje em dia aconteceu algo no gênero terror que chamo de "pornograficação", as estórias de terror passaram a ser bem mais explíticas e gore e o leitor moderno só aprecia o enredo se o sangue verter pelas páginas, não me leve a mal mas adoro isso, porém é interessante saber apreciar outros tipos de abordagem.

    Quanto a continuação moderna ainda não li pelo mesmo motivo que você gostou, o ambiente sombrio perdeu-se e a estória que era bastante particular e intimista contada por um personagem, de modo realista como se aquilo realmente tivesse acontecido com ele, foi substituida pela maneira moderna e cinematográfica de assustar, que não é lá essas coisas. Só há um erro acima, Martyn Waites é homem, escritor inglês de romances policiais.

    Abração

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    1. Valeu pelo comentário. Vou dar uma chance para esse autores que você citou.
      acabei deixando passar esse erro hahaha
      Abraços...

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