3 de janeiro de 2016

RESENHA | Pretty Girl-13 — Liz Coley

Título: Pretty Girl-13
Título Original: Pretty Girl-13
Autor: Liz Coley
Editora: Benvirá
Páginas: 224
Lançamento: 2013
Onde comprar: Buscapé

Sinopse:
 
Como fazia todo verão, Angie arrumou as malas e seguiu para o acampamento das bandeirantes. Mas, quando as férias acabaram, ela não voltou.

As buscas duraram três meses, até que as esperanças de encontrá-la se esgotaram. Não havia mais nada a fazer, ainda mais depois da nevasca que caiu sobre a montanha apagando todos os vestígios. Angie foi dada como morta e o caso, encerrado.

Três anos depois, Angie aparece em sua casa; sua única lembrança é ter se perdido na floresta. Não reconhece a jovem magra, abatida e de cabelos longos e malcuidados que vê no espelho. Não sabe de onde vêm as cicatrizes e vergões, o anel na mão esquerda, o avental amarelo e a camisola de renda preta que estavam na única sacola que carregava consigo.

São tantas as perguntas. Onde esteve? Com quem esteve? O que fez e, principalmente, o que fizeram com ela? Como sobreviveu? Como voltou para casa? Angie pode agora recuperar a sua vida, mas terá de ser capaz de preencher as lacunas da sua memória e entender tudo o que aconteceu. E essa tarefa, se possível, não será nada fácil.

Opinião:

A tão ouvida frase “Não julgue um livro pela capa” se aplica perfeitamente ao Pretty Girl-13. Pelo menos foi o meu caso. Sabe quando você olha um livro, vê sua capa nem muito mal feita (na verdade é horrível), olha o título, que não diz nada com nada, e pensa “deve ser um romance para menininhas...”? Se não fosse a minha curiosidade de ler a sinopse eu nunca teria conhecido esse suspense psicológico sem igual. E bota psicológico nisso!

O livro já começa com uma floresta de mistérios e perguntas sem respostas. Angie (Angela Chapman) aparece do nada na rua de sua casa, após três anos dada como desaparecida, ninguém sabe de nada, nem mesmo ela. Não há sequer um resquício em sua memória do que pode ter acontecido nesses três anos. Nada!

A polícia é chamada, ela não tem nada a dizer, as únicas evidências do local em que ela esteve e do que pode ter acontecido são os objetos que ela trouxera e o seu corpo. Exames são feitos, amostras são coletadas, teorias são criadas. Das inúmeras cicatrizes exteriores se constata que ela fora amarrada e presa, e das cicatrizes internas o diagnóstico dado é de que ela fora estuprada inúmeras vezes!
“Ela saíra para o acampamento como uma criança normal, alguém que pertencia a um seriado cômico ou drama familiar. Agora era a protagonista involuntária do seu próprio episódio da unidade de crimes especiais. Alguém estava reescrevendo o roteiro da sua vida. Sem a permissão dela.” — Pág. 29
Obviamente essas informações não foram recebidas com alegria por ela e sua família não é? Eles querem esquecer isso e tentar viver uma vida normal. Mas, por mais relutantes que estejam, eles precisam sabem quem fez tudo isso, precisam ajudar a polícia a encontrar o sequestrador. Para isso vão atrás de uma psicóloga, afim de fazer com que Angie se lembre e consiga lidar com essas informações que estão chegando como balas de revólver em sua cabeça.

Ela descobre que sofre de TID (Transtorno de Identidade Dissociativa), ou seja, que possui múltiplas personalidades e os chamados alters é que vivenciaram esses terríveis episódios enquanto ela esteve “desligada”. O que será preciso para recuperar a memória da pobre Angie? Sua psicóloga vai tentar de tudo, de terapias convencionais, passando por hipnose, até métodos um tanto inortodoxos... e o que eles irão descobrir? Só posso dizer uma coisa: leia!

Isso tudo acontece nas primeiras páginas do livro, tive que soltar essas informações para instiga-los e para terem uma breve ideia do que lhes espera. O livro tem uma narrativa e uma história perversa e visceral. É o típico suspense psicológico... BAM! Aconteceu uma coisa... BAM! Acontece outra...
“Um quadro forçava sua entrada na própria mente. Sobre uma cama, seu corpo de treze anos frio e despido. Sobre uma cama, os pulsos vermelhos e arranhados devido aos puxões nas cordas ásperas. Sobre uma cama, pairando acima dela, um par de olhos escuros demasiadamente juntos.
Por um momento, ela sentiu o peso dele. Por um momento, sentiu a respiração pesada do homem. Por um momento, sentiu o cheiro do seu suor. Por um momento, o terror paralisante tomou conta de cada pedacinho do seu corpo.” — Pág. 87
O que me impediu de favoritar o livro foram alguns trechos em que Angie começa a viver sua nova vida, tipo ir na escola e arrumar um namoradinho, ir em baile de formatura etc, são poucas as cenas desse tipo, mas eu realmente não gosto. Mesmo assim, por toda sua carga psicológica, o suspense crescente, as doses emocionais e até científicas, eu avalio em:
Espero que eu tenha conseguido transmitir um pouco do que eu senti e do que pode ser sentido com a leitura do livro, se você conhece mais livros nesse estilo, que te causam arrepios e repulsa por sua perversidade e que tem ampères de suspense psicológico, por favor listem aí nos comentários.

Book Trailer:

6 comentários:

  1. Não conhecia esse livro, mas pela sinopse e pelo que disse em sua resenha, é realmente um daqueles casos 'Não julgue pela capa' como você mesmo disse.
    Ótima resenha, obrigado pela indicação.
    xoxo

    http://planeta94.blogspot.com.br/

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  2. Olha, realmente pela capa e pelo título eu nunca escolheria esse livro. Mas até cogito sua compra agora - depois que vi a resenha - por gostar muito do tema. Já vou pesquisá-lo. :D

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    1. Vale muito a pena TJ!
      Compra e devorará em pouco tempo!
      Abraços

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  3. Realmente essa capa e esse título não despertam curiosidade. Gosto de thriller psicológicos. Nesse estilo minha autora preferida é a Gillian Flynn.
    Pelo que escreveu na resenha, se eu tiver oportunidade lerei o livro.

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    1. Olá Rê
      Gillian Flynn é ótima, ainda preciso ler mais livros dela. Esse aí vale a pena dar uma chance. Uma leitura muito agradável.
      Abraços

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